domingo, 11 de março de 2012

QUARESMA: “AO PAI VOLTEMOS, JUNTO ANDEMOS, EIS O TEMPO DE CONVERSÃO”.

PAZ E BEM! Estamos vivendo o tempo quaresmal, tempo de cantarmos em nossas Liturgias: “Eis o tempo de conversão, eis o dia da Salvação, ao Pai voltemos juntos andemos, eis o tempo de conversão”. É o convite feito na Quarta-feira de Cinzas, a toda comunidade das discípulas e discípulos missionários do Mestre Jesus, é o inicio de uma caminhada de quarenta dias que visa a grande noite pascal, onde celebramos a Vitória da Vida (Jesus) sobre as forças de morte. O número quarenta na Bíblia tem um sentido muito importante, lembra para nós: o jejum de quarenta dias feito por Jesus, os quarenta anos do povo de Deus no deserto, os quarenta dias de Moisés no Monte Sinai; os quarenta dias em que Golias, desafiou Israel, até o pequeno Davi o enfrentar, os quarenta dias em que Elias foi fortificado pelo pão cozido sob cinzas e água chegando assim ao Horeb, o monte de Deus e os quarenta dias em que Jonas pregou a penitencia aos cidadãos de Nínive. Quaresma então significa quarenta dias de preparação para o grande acontecimento da humanidade: A Paixão, Morte e Ressurreição do jovem pregador de Nazaré, o mesmo que o Pai do Céu constituiu Cristo e Senhor. E neste caminho de preparação alguns elementos podem nos ajudar a fazer uma profunda e concreta experiência de conversão: a oração, o jejum e a caridade. A Quaresma é ainda um oportuno tempo para revermos nossa prática batismal, somos um povo pascal, porque batismal. O sacramento do batismo deve gerar em nós, uma continua vontade de conversão, uma verdadeira metanóia, isto é, mudança de mentalidade, de direção! E neste sentindo, São Francisco das Chagas tem muito a nos ensinar, aprendemos dele, em seus escritos, um verdadeiro caminho de penitencia e conversão. Um homem totalmente convertido pelas Palavras do Senhor e seu Santo Modo de Operar. Concluo citando dois grandes liturgistas brasileiros, Irmã Penha Carpanedo e Pe. Marcelo Guimarães: “Celebrar a Quaresma é festejar o refazer a aliança de Deus com a gente que o nosso pecado e negligência romperam. É renunciar a nossos instintos egoístas e abrir-nos mais ao plano do Deus da Vida. Celebrar a Quaresma é intensificar a oração, o jejum e a caridade, para vivermos mais consagrados ao Deus que nos reconciliou com Ele... é deixar-se conduzir ao deserto, para que o Senhor nos fale ao coração.”. Portanto que esta vivencia quaresmal nos torne pessoas melhores e comprometidas com a vida e a saúde afim de que ela “se difunda sobre a terra”. Paz e Bem! Frei Erivaldo Valdomiro da Silva, OFM. Fraternidade São Francisco – Salvador - BA

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